personagens de animadores brasileiros

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Willian Paiva

Em 2006 William recebeu um convite das Faculdades Integradas Barros Melo, de Olinda, para coordenar o estúdio de animação mantido pela instituição. Até aquele momento, ele estudara programação visual e ganhava a vida como professor de inglês, músico, diretor de arte em agência de publicidade e produtor de discos de bandas como Mombojó e Volver. Tão logo aceitou a oferta, passou a dividir seu tempo entre o estúdio de música e o da Barros Melo, onde acabou fazendo seu filme de estreia. Codirigido por Leonardo Domingues, O Jumento Santo narra a história de um protótipo de mundo criado por Deus, a cidade Noite Feliz. 
A produção de 11 minutos levou seis meses para ficar pronta e arrancou gargalhadas de cerca de 3 mil pessoas na abertura do Festival Audiovisual do Recife, o Cine PE, em abril de 2007. Faturou, de uma só vez, os prêmios de melhor vídeo, melhor roteiro, melhor direção e o da crítica. O rebuliço se deu também no Granimado 2008, o Festival de Animação de Gramado (RS), mais de um ano depois do Cine PE. "O filme venceu novos prêmios e ficou muito popular. Foi uma coisa bem doida", relembra William. "Algumas pessoas tinham O Jumento Santo no iPod, outras vinham falar comigo usando frases do curta, inclusive com o sotaque nordestino do narrador." 
O filme, bem-humorado, se inspira no imaginário e na iconografia da literatura de cordel — um universo até então pouco explorado pelos animadores brasileiros — e atraiu mais de 25 mil visitas no YouTube. 
                   

Sua segunda animação Voltage, de 2007 tem  pouco mais de quatro minutos, e foraam necessários 8 mil desenhos do artista plástico Felippe Lyra para mostrar seres metade humanos, metade sintetizadores, que se relacionam por meio de fios e constroem uma música. A trilha sonora do curta ficou por conta de William e Leonardo Domingues, que já haviam composto a música de O Jumento Santo.

Voltage

                    

Bande Dessinée - Tropiques (W Remix)

                    

Agora, o artista está dedicado ao seu terceiro trabalho, Roda Gigante, que tratará de infância e da relação entre pais e filhos.

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