personagens de animadores brasileiros

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Anima Mundi


Foi criado em 1993, a partir do sonho dos animadores brasileiros Marcos Magalhães, Aida Queiroz, Cesar Coelho e Léa Zagury, que se conheceram num curso de animação que a Embrafilme fez em cooperação com o National Film Board do Canadá em 1985.

           

Diogo Viegas fala da importância do Anima Mundi para os jovens animadores.

                             

   É o maior evento regular dedicado ao cinema de animação das Américas, tem lugar anualmente, no mês de julho, nas cidades brasileiras de Rio de Janeiro e São Paulo. A cada edição cerca de 80.000 pessoas, além de realizadores e gente de mídia, rendem-se ao charme do festival. São centenas de filmes selecionados entre os melhores do mundo, retrospectivas, especiais, oficinas abertas onde os freqüentadores iniciam-se nos segredos da animação despertando seus talentos, um concurso na web e encontros pessoais com os mais célebres animadores da atualidade.
   Aida Queiroz, uma das idealizadoras do festival, ganhou o prêmio Coral Negro de melhor animação no festival de Havana 1986 com seu curtaNoturno. Ela co-dirigiu Tá Limpo com César Coelho e Marcos Magalhães;Alex (premiado em Havana 1987 e Espinho 1989), com César Coelho ePetróleo! Petróleo, também com César Coelho. 
   César Coelho, também autor de Informística (1986), começou a carreira como ilustrador e chargista. Duas vezes selecionado para programas de intercâmbio com o NFB/Canadá, especializou-se em técnicas de animação industrial. Aida e César dirigem a Campo 4 desenhos animados, a maior produtora de animação tradicional do Rio com grandes clientes na publicidade e na TV.
   Já Léa Zagury recebeu título de mestrado em cinema no departamento de Animação Experimental do California Institute of the Arts. Co-dirigiu Uma cidade contra seus coronéis e é autora dos curtas Instinto AnimalSlauaghter,Salamandra Karaiba.  Léa trabalha em projetos de animação e ilustração como free-lancer em Los Angeles, em videografia submarina e desenvolve documentários para TV.
   Marcos Magalhães ganhou o prêmio especial do júri de Cannes de 1982 com seu curta Meow!, realizou também Animando (1983, filmado no NFB/Canadá), Mao Mãe (1979), Tem boi no trilho (1988), Precipitação(1990), Pai Francisco entrou na roda (1997) e Dois (2000- como artista visitante na University of Southern Califórnia). 
   Foi responsável pelo primeiro curso profissional de animação realizado no Brasil, em 1987, e coordenou Planeta terra, filme coletivo feito por 30 animadores brasileiros para o ano internacional da paz da ONU. Dirigiu, ainda, o inusitado Estrela de oito pontas (1996), em parceria com o pintor Fernando Diniz.
   O festival Anima Mundi se tornou um dos eventos mais aguardados na agenda cultural do Rio de Janeiro e São Paulo e ajudou a desmistificar a tese de que desenho animado é coisa unicamente de criança, provando que a animação pode atingir públicos de todas as idades.
   “No início do festival, havia a participação de dois a três filmes brasileiros em cada ano. "Há três anos o Brasil é o país que mais inscreve filmes no festival. As sessões de filmes brasileiros (Mostra Brasil) são as primeiras a terem seus ingressos esgotados, e a cada ano o público aumenta, provando o potencial de mercado para a animação brasileira, a participação brasileira cresce exponencialmente, e fica mais madura a cada ano. Os autores já trafegam tranqüilamente por todas as técnicas de animação e usam bastante bem os vastos recursos da linguagem cinematográfica e de animação, e conseguem um acabamento cada vez melhor nos trabalhos”. Todo esse crescimento levou ao anúncio, durante o 11o Anima Mundi, da criação da ABCA - Associação Brasileira de Cinema de Animação.

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